Croquis externos
AIA - Atelier Integrado de Arquitetura (Arquitetura e Urbanismo UFMG - 2014/2)
terça-feira, 2 de dezembro de 2014
Visita ao Inhotim - Sonic Pavillion
A instalação site-specific Sonic Pavillion (2009), de Doug Aitken consiste em uma estrutura cilíndrica, feita de aço e vidro, coberto por uma película plástica, que abriga um tubo escavado de 202m de profundidade, com microfones que captam ao vivo o som produzido e por meio de um sistema de equalização e amplificação, é reproduzido nas caixas de som distribuídas na parte superior do pavilhão.
Sendo uma das instalações mais afastadas do complexo, o trajeto é longo, cansativo e com subidas, por isso, quando o pavilhão se torna visível causa um grande impacto pelo seu tamanho e diferenciação com o meio externo. O observador circula o perímetro até chegar a rampa de entrada por baixo, como se fosse no subsolo. Essa rampa continua dentro do pavilhão, conduzindo o espectador até o piso principal. Após adentrar o recinto, a rampa "continua" em forma de uma mobília feita de madeira que rodeia o pavilhão, na qual pode-se sentar, descansar e sentir a obra.
A estrutura parece ter pousado no local, destoando do ambiente pela sua aparência futurista. Paradoxalmente, as pedras resultantes da escavação foram deixadas ali, causando uma impressão de que a obra literalmente brotou do solo. A película fosca produz efeitos ópticos interessantes. Do lado de fora, a impressão é de que a edificação assemelha-se à uma estufa; de dentro, a película faz com que o observador só enxergue nitidamente o que está a sua frente, deixando embaçada toda a paisagem periférica e fazendo com que ele caminhe ao redor do pavilhão.
A forma e os materiais escolhidos são necessários para provocar as sensações causadas pelo som e pela vibração terrestres. Se a forma fosse diferente, a acústica seria prejudicada. A escolha da madeira foi essencial pois sua estrutura facilita a propagação da vibração do som, e proporciona maior aconchego em um local um tanto quanto inóspito.
A espacialidade predominantemente vazia do local e o clima de mistério, causam uma sensação de estar em um "sala de espera" (como se houvesse algo grandioso para acontecer; um sentimento de expectativa). Esse sentimento é quebrado quando o som torna-se extremamente alto e vigoroso, estremecendo toda a estrutura. Também é inegável a sensação de estar integrado com a natureza e ao mesmo tempo concentrado na experiência em si, algo incomum e que não é pensado no dia a dia.
A idéia da obra é muito interessante, não é o que comumente chamamos de Arte. É uma instalação com forte presença da esfera virtual, ou seja, deixa em aberto o que vai acontecer com o observador, mesmo ela não sendo interativa, cada pessoas reage de um modo diferente ao entrar na obra, uns se sentam, outros se deitam ou caminham, ficam no centro ou nas beiradas. A obra não pré determina o que é para ser feito, não há como “orientar” o observador sobre o que fazer, a única informação previa que se obtem é de que La dentro se ouvirá o “som da terra”, o que constitui algo tão subjetivo e não presente no nosso dia a dia que nem conseguimos pré figurar como será a experiência.
Tanto os elementos físicos da obra quanto a escolha do local para sua instalação parecem ter sido escolhidos com muito estudo, pois cada detalhe colabora para a criação dessa virtualidade. A idéia do artista podia ser algo simples de inicio, mas ao elaborar uma estrutura para abrigá-la e fazer com que o ambiente externo também interferisse na sensação que a obra causa, ele criou algo muito mais rico, que foge ao ordinário, que ultrapassa seu objetivo, quem visita a obra não sai de La contando que ouviu o som da terra apenas, mas que entrou numa outra atmosfera, que é singular a cada um.
Sendo uma das instalações mais afastadas do complexo, o trajeto é longo, cansativo e com subidas, por isso, quando o pavilhão se torna visível causa um grande impacto pelo seu tamanho e diferenciação com o meio externo. O observador circula o perímetro até chegar a rampa de entrada por baixo, como se fosse no subsolo. Essa rampa continua dentro do pavilhão, conduzindo o espectador até o piso principal. Após adentrar o recinto, a rampa "continua" em forma de uma mobília feita de madeira que rodeia o pavilhão, na qual pode-se sentar, descansar e sentir a obra.
A estrutura parece ter pousado no local, destoando do ambiente pela sua aparência futurista. Paradoxalmente, as pedras resultantes da escavação foram deixadas ali, causando uma impressão de que a obra literalmente brotou do solo. A película fosca produz efeitos ópticos interessantes. Do lado de fora, a impressão é de que a edificação assemelha-se à uma estufa; de dentro, a película faz com que o observador só enxergue nitidamente o que está a sua frente, deixando embaçada toda a paisagem periférica e fazendo com que ele caminhe ao redor do pavilhão.
A forma e os materiais escolhidos são necessários para provocar as sensações causadas pelo som e pela vibração terrestres. Se a forma fosse diferente, a acústica seria prejudicada. A escolha da madeira foi essencial pois sua estrutura facilita a propagação da vibração do som, e proporciona maior aconchego em um local um tanto quanto inóspito.
A espacialidade predominantemente vazia do local e o clima de mistério, causam uma sensação de estar em um "sala de espera" (como se houvesse algo grandioso para acontecer; um sentimento de expectativa). Esse sentimento é quebrado quando o som torna-se extremamente alto e vigoroso, estremecendo toda a estrutura. Também é inegável a sensação de estar integrado com a natureza e ao mesmo tempo concentrado na experiência em si, algo incomum e que não é pensado no dia a dia.
A idéia da obra é muito interessante, não é o que comumente chamamos de Arte. É uma instalação com forte presença da esfera virtual, ou seja, deixa em aberto o que vai acontecer com o observador, mesmo ela não sendo interativa, cada pessoas reage de um modo diferente ao entrar na obra, uns se sentam, outros se deitam ou caminham, ficam no centro ou nas beiradas. A obra não pré determina o que é para ser feito, não há como “orientar” o observador sobre o que fazer, a única informação previa que se obtem é de que La dentro se ouvirá o “som da terra”, o que constitui algo tão subjetivo e não presente no nosso dia a dia que nem conseguimos pré figurar como será a experiência.
Tanto os elementos físicos da obra quanto a escolha do local para sua instalação parecem ter sido escolhidos com muito estudo, pois cada detalhe colabora para a criação dessa virtualidade. A idéia do artista podia ser algo simples de inicio, mas ao elaborar uma estrutura para abrigá-la e fazer com que o ambiente externo também interferisse na sensação que a obra causa, ele criou algo muito mais rico, que foge ao ordinário, que ultrapassa seu objetivo, quem visita a obra não sai de La contando que ouviu o som da terra apenas, mas que entrou numa outra atmosfera, que é singular a cada um.
SketchUp sensitivo - Grupo
Link do Sketch Up sensitivo do grupo:
http://lu-aiarquitetura.blogspot.com.br/2014/09/video-feito-no-sketchup-para-tentar.html
domingo, 19 de outubro de 2014
Reflexão crítica sobre o workshop
Na aula de quinta-feira, dia 16/10, tivemos um workshop sobre fabricação digital e prototipagem rápida. Participamos de uma espécie de gincana elaborada pelo professor, na qual o tempo era dividido em etapas de pesquisa, design, fabricação e reflexão que deveríamos fazer em trios. Após a pesquisa de algumas palavras chaves, desenhamos no SketchUp um objeto abstrato com a técnica do seccionamento para ser fabricado na cortadora laser. Com esse workshop, pudemos experimentar trabalhar com a prototipagem rápida e ter contato com a cortadora a laser. Foi uma experiência muito rica e interessante.
É possível fazer uma reflexão crítica sobre as mudanças trazidas para os arquitetos diante da tecnologia da prototipagem rápida, da fabricação digital e das impressoras 3D. O uso dessas tecnologias possibilita uma maior facilidade e rapidez para o projeto do arquiteto, podendo refazer e aperfeiçoar com agilidade o objeto de trabalho várias vezes através da prototipagem rápida. A escala dos objetos feitos com essas tecnologias está aumentando, e hoje é possível construir casas com a fabricação digital.
Por um lado este processo é ótimo pois permite a construção de casas mais acessíveis e mais rapidamente, entre outras benesses como o compartilhamento de conhecimentos, a agilidade na criação e a possibilidade de materializar pensamentos e projetos com facilidade. No entanto, este processo pode banalizar e limitar o trabalho do arquiteto, já que "qualquer um" pode elaborar um projeto ou pegá-lo pronto em plataformas de compartilhamento específicas. Além disso, pode-se ficar muito dependente dessas tecnologias em detrimento de formas mais orgânicas e algumas vezes melhores para se trabalhar.
domingo, 5 de outubro de 2014
Sketch Up com medidas
Após a medição do espaço escolhido no entorno da Praça Comendador Negrão de Lima (local do "Nicho"), devíamos fazer o modelo no 3D no software SketchUp.
domingo, 28 de setembro de 2014
SketchUp Sensitivo - Nicho
As sensações tidas no espaço do nicho foram de aperto, curiosidade, estranhamento e de rigidez por causa de seu material de pedra, do recuo da grade, da espacialidade da escada e de seu próprio nicho, provocando indagação, maior observação, vontade de permanecer e de se apropriar do local de formas diferentes.
Neste SketchUp sensitivo, quis enfatizar a espacialidade do local, os elementos que compõem a ambiência e as possibilidades de apropriação do espaço.
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
Montagens dos lugares escolhidos na Praça
Na visita à Praça Comendador Negrão de Lima, no bairro Floresta, fomos instruídos a escolhermos, em grupo, 3 lugares da praça e do seu entorno para uma futura performance em um desses locais.
Além disso, devíamos fazer montagens com croquis desses lugares e fotos representando as sensações e os motivos que nos levaram a escolher esses locais.
1- Janela de uma imobiliária:
2- Escadaria de entrada de uma casa:
3-Centro da praça:
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