terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Croquis Inhotim

Croqui interno Sonic Pavillion / Doug Aitken



Croquis externos 




Visita ao Inhotim - Sonic Pavillion

 A instalação site-specific Sonic Pavillion (2009), de Doug Aitken consiste em uma estrutura cilíndrica, feita de aço e vidro, coberto por uma película plástica, que abriga um tubo escavado de 202m de profundidade, com microfones que captam ao vivo o som produzido e por meio de um sistema de equalização e amplificação, é reproduzido nas caixas de som distribuídas na parte superior do pavilhão.

 Sendo uma das instalações mais afastadas do complexo, o trajeto é longo, cansativo e com subidas, por isso, quando o pavilhão se torna visível causa um grande impacto pelo seu tamanho e diferenciação com o meio externo.  O observador circula o perímetro até chegar a rampa de entrada por baixo, como se fosse no subsolo. Essa rampa continua dentro do pavilhão, conduzindo o espectador até o piso principal. Após adentrar o recinto, a rampa "continua" em forma de uma mobília feita de madeira que rodeia o pavilhão, na qual pode-se sentar, descansar e sentir a obra.
 
 A estrutura parece ter pousado no local, destoando do ambiente pela sua aparência futurista. Paradoxalmente, as pedras resultantes da escavação foram deixadas ali, causando uma impressão de que a obra literalmente brotou do solo. A película fosca produz efeitos ópticos interessantes. Do lado de fora, a impressão é de que a edificação assemelha-se à uma estufa; de dentro, a película faz com que o observador só enxergue nitidamente o que está a sua frente, deixando embaçada toda a paisagem periférica e fazendo com que ele caminhe ao redor do pavilhão.

 A forma e os materiais escolhidos são necessários para provocar as sensações causadas pelo som e pela vibração terrestres. Se a forma fosse diferente, a acústica seria prejudicada. A escolha da madeira foi essencial pois sua estrutura facilita a propagação da vibração do som, e proporciona maior aconchego em um local um tanto quanto inóspito.

 A espacialidade predominantemente vazia do local e o clima de mistério, causam uma sensação de estar em um "sala de espera" (como se houvesse algo grandioso para acontecer; um sentimento de expectativa). Esse sentimento é quebrado quando o som torna-se extremamente alto e vigoroso, estremecendo toda a estrutura. Também é inegável a sensação de estar integrado com a natureza e ao mesmo tempo concentrado na experiência em si, algo incomum e que não é pensado no dia a dia.

A idéia da obra é muito interessante, não é o que comumente chamamos de Arte. É uma instalação com forte presença da esfera virtual, ou seja, deixa em aberto o que vai acontecer com o observador, mesmo ela não sendo interativa, cada pessoas reage de um modo diferente ao entrar na obra, uns se sentam, outros se deitam ou caminham, ficam no centro ou nas beiradas. A obra não pré determina o que é para ser feito, não há como “orientar” o observador sobre o que fazer, a única informação previa que se obtem é de que La dentro se ouvirá o “som da terra”, o que constitui algo tão subjetivo e não presente no nosso dia a dia que nem conseguimos pré figurar como será a experiência.
Tanto os elementos físicos da obra quanto a escolha do local para sua instalação parecem ter sido escolhidos com muito estudo, pois cada detalhe colabora para a criação dessa virtualidade. A idéia do artista podia ser algo simples de inicio, mas ao elaborar uma estrutura para abrigá-la e fazer com que o ambiente externo também interferisse na sensação que a obra causa, ele criou algo muito mais rico, que foge ao ordinário, que ultrapassa seu objetivo, quem visita a obra não sai de La contando que ouviu o som da terra apenas, mas que entrou numa outra atmosfera, que é singular a cada um.



 

SketchUp sensitivo - Grupo


Link do Sketch Up sensitivo do grupo:
 http://lu-aiarquitetura.blogspot.com.br/2014/09/video-feito-no-sketchup-para-tentar.html

domingo, 19 de outubro de 2014

Reflexão crítica sobre o workshop

 
  Na aula de quinta-feira, dia 16/10, tivemos um workshop sobre fabricação digital e prototipagem rápida. Participamos de uma espécie de gincana elaborada pelo professor, na qual o tempo era dividido em etapas de pesquisa, design, fabricação e reflexão que deveríamos fazer em trios. Após a pesquisa de algumas palavras chaves, desenhamos no SketchUp um objeto abstrato com a técnica do seccionamento para ser fabricado na cortadora laser. Com esse workshop, pudemos experimentar trabalhar com a prototipagem rápida e ter contato com a cortadora a laser. Foi uma experiência muito rica e interessante.

  É possível fazer uma reflexão crítica sobre as mudanças trazidas para os arquitetos diante da tecnologia da prototipagem rápida, da fabricação digital e das impressoras 3D. O uso dessas tecnologias possibilita uma maior facilidade e rapidez para o projeto do arquiteto, podendo refazer e aperfeiçoar com agilidade o objeto de trabalho várias vezes através da prototipagem rápida. A escala dos objetos feitos com essas tecnologias está aumentando, e hoje é possível construir casas com a fabricação digital.

 Por um lado este processo é ótimo pois permite a construção de casas mais acessíveis e mais rapidamente, entre outras benesses como o compartilhamento de conhecimentos, a agilidade na criação e a possibilidade de materializar pensamentos e projetos com facilidade. No entanto, este processo pode banalizar e limitar o trabalho do arquiteto, já que "qualquer um" pode elaborar um projeto ou pegá-lo pronto em plataformas de compartilhamento específicas. Além disso, pode-se ficar muito dependente dessas tecnologias em detrimento de formas mais orgânicas e algumas vezes melhores para se trabalhar.

domingo, 5 de outubro de 2014

Sketch Up com medidas


Após a medição do espaço escolhido no entorno da Praça Comendador Negrão de Lima (local do "Nicho"), devíamos fazer o modelo no 3D no software SketchUp.





domingo, 28 de setembro de 2014

SketchUp Sensitivo - Nicho


 

As sensações tidas no espaço do nicho foram de aperto, curiosidade, estranhamento e de rigidez por causa de seu material de pedra, do recuo da grade, da espacialidade da escada e de seu próprio nicho, provocando indagação, maior observação, vontade de permanecer e de se apropriar do local de formas diferentes.
Neste SketchUp sensitivo, quis enfatizar a espacialidade do local, os elementos que compõem a ambiência e as possibilidades de apropriação do espaço.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Montagens dos lugares escolhidos na Praça


Na visita à Praça Comendador Negrão de Lima, no bairro Floresta, fomos instruídos a escolhermos, em grupo, 3 lugares da praça e do seu entorno para uma futura performance em um desses locais.
Além disso, devíamos fazer montagens com croquis desses lugares e fotos representando as sensações e os motivos que nos levaram a escolher esses locais.

1- Janela de uma imobiliária:

 
 
2- Escadaria de entrada de uma casa:
 
 
 
3-Centro da praça:
 
 



segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Estratégias de Apropriação do Espaço


  • FLÂNEUR
 Flâneur, do substantivo francês flanêur ([flɑnœʁ]), significa "andarilho", "vadio", ou "vagabundo". Flânerie se refere ao ato de caminhar, com todas as suas associações de acompanhamento. 
O Flâneur, antes de tudo, era um tipo literário da França do século XIX, essencial para qualquer imagem das ruas de Paris. A palavra carregava um conjunto de associações ricas: o homem de lazer, o ocioso, o explorador urbano, o conhecedor da rua. Foi Walter Benjamin, com base na poesia de Charles Baudelaire, que fez desta figura o objeto de interesse acadêmico no século XX, como um arquétipo emblemático da experiência urbana e moderna. Depois de Benjamin, o flâneur tornou-se um símbolo importante para acadêmicos, artistas e escritores.
 Charles Baudelaire desenvolveu um significado para flâneur de "uma pessoa que anda pela cidade a fim de experimentá-la". Walter Benjamin descreve o flâneur como um produto da vida moderna e da Revolução Industrial, sem precedentes, um paralelo com o advento do turismo. Benjamin se tornou o seu próprio exemplo, observou o social e estético durante longas caminhadas por Paris.
 A percepção do flanêur parece se dar diante daquilo que é transitório na cidade, mas ele não simplesmente lamenta-se a respeito da transitoriedade, ele se alimenta dela, ele formula uma espécie de abrigo no ventre da caótica urbanidade – bem entendido, caótica para os citadinos, não para os gerenciadores políticos da nova ordem social – tecendo uma narrativa dos atrativos da cidade, numa espécie de reconhecimento do apelo erótico das coisas e das pessoas no contexto dos desencontros modernos.

 O flanêur atende, inicialmente, a uma necessidade individual burguesa de sobrepor-se à aristocracia e irá tornar-se um instrumento das próprias massas, devido ao protagonismo das mesmas no gênero inaugurado pelo observador da cidade.
  • DERIVA
A teoria da deriva é um dos trabalhos de autoria do pensador situacionista Guy Debord, um dos seus maiores entusiastas e estudiosos. Este autor formulou o início da Teoria da Deriva em 1958 e publicou na então Revista Internacional Situacionista. Desde então estudiosos, acadêmicos ou não, experimentam esse procedimento com interesses que vão deste simples estudos de uma cidade até a elaboração de dissertações e teses. Atualmente muitas pessoas que estudam geografia urbana, e muitos coletivos que questionam a urbanização experimentam a deriva como forma de estudo e de práxis política.
A deriva é um procedimento de estudo psicogeográfico – estudar as ações do ambiente urbano nas condições psíquicas e emocionais das pessoas. Partindo de um lugar qualquer e comum à pessoa ou grupo que se lança à deriva deve rumar deixando que o meio urbano crie seus próprios caminhos. É sempre interessante construir um mapa do percurso traçado, esse mapa deve acompanhar anotações que irão indicar quais as motivações que construíram determinado traçado. É pensar por que motivo dobramos à direita e não seguimos retos, por que paramos em tal praça e não em outra, quais as condições que nos levaram a descansar na margem esquerda e não na direita. Enfim, pensar que determinadas zonas psíquicas nos conduzem e nos trazem sentimentos agradáveis ou não.
Apesar de ser inúmeros os procedimentos de deriva, ela tem um fim único, transformar o urbanismo, a arquitetura e a cidade. Construir um espaço onde todos serão agentes construtores e a cidade será um total.
Essas idéias, formuladas pela Internacional Situacionista entre as décadas de 1950 e 1970, levam em conta que o meio urbano em que vivemos é um potencializador da situação de exploração vivida. Sendo assim torna-se necessário inverter esta perspectiva, tornando a cidade um espaço para a libertação do ser humano.
 
 
  • PARKOUR
Parkour ou l'art du déplacement (arte do deslocamento) é uma atividade cujo princípio é mover-se de um ponto a outro o mais rápido e eficientemente possível, usando principalmente as habilidades do corpo humano. Criado para ajudar a superar obstáculos de qualquer natureza no ambiente circundante — desde galhos e pedras até grades e paredes de concreto — e pode ser praticado em áreas rurais e urbanas. Homens que praticam parkour são reconhecidos como traceurs e mulheres como traceuses. O parkour foi criado na França, em Sarcelles, Lisses e Evry por David Belle.
O termo Parkour foi definido por um amigo de David Belle. Ele deriva de "parcours du combattant", o percurso de obstáculo proposto pelo método de Georges Hébert como um treinamento militar clássico da América. O inventor do termo Parkour pegou a palavra "parcours", substituiu o "c" com o "k" para sugerir agressividade, e removeu o silencioso "s" como oposto à filosofia do parkour sobre eficiência.
Traceur e traceuse são substantivos derivados do verbo tracer que normalmente significa"traçar",sendo também traduzido como "ir rápido".
Parkour é uma atividade física difícil de categorizar. Mais uma arte ou disciplina que assemelha-se a autodefesa nas artes marciais. De acordo com o fundador David Belle, o espírito no parkour é guiado em parte a superar todos os obstáculos em seu próprio caminho como se estivesse em uma emergência. Você deve mover-se de tal maneira, com quaisquer movimentos, para ajudá-lo a ganhar a maior vantagem possível de alguém ou de alguma coisa, quer seja escapando daquilo ou caçando em direção aquilo. Assim, havendo um confronto hostil com alguém, as opções são conversar evitando problemas. Alguém que utilize o Parkour como arma, não é um traceur. Parkour é liberdade porque é no momento em que se liberta o instinto, e isso é algo quase proibido, que as pessoas esquecem que existe. Isso pode ser uma causa de stress, mas libertando o animal existente nos traceurs, tudo muda. O Parkour não é ciência, nem é arte. O Parkour é uma essência.
Uma importante característica desta disciplina é sua eficiência. Um praticante não só se move o mais rápido que puder, mas da maneira energeticamente mais econômica e o mais diretamente possível. Eficiência também envolve evitar ferimentos em curto e longo prazo, o que explica o lema não-oficial être et durer (ser e durar).




  • FLASH MOB
Flash Mobs são aglomerações instantâneas de pessoas em certo lugar para realizar determinada ação inusitada previamente combinada, estas se dispersando tão rapidamente quanto se reuniram. A expressão geralmente se aplica a reuniões organizadas através de e-mails ou meios de comunicação social, notadamente pelas redes sociais digitais.
O primeiro flash mob foi organizado via e-mail (com o endereço themobproject@yahoo.com, criado para este fim), pelo jornalista Bill Wasik, em Manhattan. Mandando o e-mail para 40 ou 50 amigos (de maneira que eles não soubessem que o evento fora planejado pelo próprio jornalista), Bill convidou as pessoas a aparecerem em frente à loja de acessórios femininos Claire’s Acessories. Segundo ele, "A ideia era de que as próprias pessoas se tornassem o show e que, apenas respondendo a este e-mail aleatório, essas pessoas criassem algo" em um mob anônimo e sem liderança.
No entanto, a loja foi avisada antes do acontecimento e a polícia foi acionada, evitando que as pessoas ficassem na frente da loja, frustrando os planos do primeiro mob.
O segundo mob aconteceu em 3 de junho de 2003, na loja de departamentos Macy's. Wasik e amigos distribuíram flyers para pessoas que passavam nas ruas, indicando quatro bares em Manhattan, onde elas receberam instruções adicionais sobre o caráter e o lugar do evento, minutos antes do seu início – para evitar o mesmo problema que ocorreu com o primeiro.
Mais de 100 pessoas juntaram-se no 9.º andar de tapetes da loja, reunindo-se em volta de um tapete caro. A quem se aproximasse de um vendedor foi dito que as pessoas reunidas no andar viviam juntas num depósito nos arredores de Nova Iorque, que estavam procurando por um “tapete do amor” e que todos faziam suas decisões de compra em grupo.
No mundo inteiro, flash mobs vêm ganhando cada vez mais aspectos políticos e não apenas para mudar a rotina ou modificar o meio urbano. Na Rússia, por exemplo, um grupo de pessoas se reuniu ao redor de um caixão e deram-se as mãos em luto formando um quadrado, declarando a “morte da democracia em 2003. Por lá, pela repressão às revoltas ou protestos ser intensificada, flash mobs são preferências cada vez mais aceitas por serem organizadas rapidamente, atraírem muitas pessoas e depois se dispersa tão rápido quanto apareceu, impedindo a ação da polícia muitas vezes.
Um flashmob em desafio ao governo foi organizado na Bielorrússia por volta de 2006 que consistia em um grande grupo de pessoas tomando sorvete próximo ao centro da cidade, em contestação a uma lei aprovada em assembleia que proíbe manifestações no país. Mesmo com as pessoas deixando o local depois da realização do pequeno protesto, alguns jovens ainda foram presos.
Na Espanha, após os atentados terroristas aos trens em 11 de março de 2004, vários espanhóis enviaram via SMS mensagens pedindo para que dois dias depois se reunissem para uma mobilização em favor dos mortos pelo ataque terrorista, e nessas mensagens a repetição da palavra “pásalo” (repasse, em espanhol) tornou-se um ícone desse mob. O resultado veio no dia 13 de março, onde as pessoas se reuniram de maneira espontânea protestando contra o governo por ocultar dados sobre o atentado terrorista. Ficou também conhecida como “La rebelion de los SMS”.
Assim podemos perceber que a realização de flash mobs que têm como princípio motivador reivindicações políticas também ocorre. Esse movimento, porém, recebe o nome de "Smart Mob"e já foi realizado em diversas cidades. O roteiro de ação é parecido com o do flash mob, ou seja, as pessoas reúnem-se em determinado local previamente divulgado pelas mídias sociais, praticam uma atividade inusitada e logo em seguida, dispersam-se na multidão. Na maioria dos casos, a atividade realizada remete à razão pela qual os participantes estão protestando. Essa nova forma de manifestação política é muito eficaz, uma vez que sua rápida divulgação e realização dificulta a ação repressiva das autoridades. Além disso, o fato de os participantes estarem engajados em alguma ação inusitada chama a atenção para a causa do protesto. As greves e manifestações em geral não despertam tanta curiosidade como os Smart Mobs, o que contribui para que um número maior de pessoas familiarize-se com o motivo da reivindicação.






  • ROLEZINHO:
Rolezinho (diminutivo de rolê ou rolé, em linguagem informal brasileira, significa "fazer um pequeno passeio" ou "dar uma volta" ) é um neologismo para definir um tipo de flash mob ou coordenação de encontros simultâneos de centenas de pessoas em locais como praças, parques públicos e shopping centers. Os encontros são marcados pela internet quase sempre por meio de redes sociais como o Facebook.

O rolezinho em shopping center é um tipo de flash mob que envolve coordenar encontros nesses locais entre centenas ou milhares de jovens. O fenômeno tem ocorrido principalmente em São Paulo, mas já houve encontros semelhantes em Guarulhos e Campinas. Há registros também de rolezinhos em parques.
Os rolezinhos vêm ganhando destaque no noticiário brasileiro devido a supostos delitos cometidos por alguns participantes, como tumultos, furtos e agressões. Por outro lado, o fenômeno é analisado por alguns sociólogos e professores de ensino superior como sendo um "apartheid" social que denuncia a desigualdade social e racial no país.



 

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Montagens da visita à Pampulha

Depois da prazerosa, porém cansativa visita ao Complexo Arquitetônico da Pampulha, fomos instruídos a fazer montagens no Photoshop utilizando nossos croquis, fotos e as redes de implicações que desenvolvemos em grupo sobre as obras.

Museu de Arte


Casa do Baile


Igreja

domingo, 7 de setembro de 2014

Montagem refeita

Após críticas, refiz a montagem do croqui-foto-automação. Adicionei pessoas para facilitar a leitura da interação e arrumei a perspectiva do outdoor rotativo. O resultado não me agradou muito.


sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Texto: "Animação Cultural" - Vilém Flusser


Após a leitura do texto, deixo aqui as principais partes e as que achei mais interessantes.

- O narrador é um objeto (mesa).

- Fenômenos inanimados + Fenômenos animados = objetos
                          (dialética)

- Objeto é tudo aquilo que me tira do caminho retilíneo do nascer-morrer, que eu trombo e desvio, o que me atrai.

- Em vez dos objetos funcionarem em função das humanidade, esta passa a comportar-se em função do funcionamento dos objetos, passando a ser os animadores da humanidade.

- A função dos objetos é animar a humanidade, programá-la, para os jogos deles, de forma a alcançar a felicidade.

- Devemos jogar com as regras, com o que está programado, para não nos tornarmos funcionários dos objetos e do mundo.

- "Enquanto a cultura continuar a ser encarada como um conjunto de 'bens', e não como um conjunto lúdico, a nossa Revolução [dos objetos] continuará ameaçada por reação humana."

- "Devemos transcender-nos, se quisermos ver-nos, a nós próprios, em contexto. Mas alcançada tal transcendência, compreenderemos que a cultura, esse nível da realidade que nos sustenta, pode autonomizar-se dos seus pretensos produtores, da humanidade, ao assumir-se o que ela essencialmente é: puro jogo sem propósito nem sentido. Pois tal transcendência é de fato alcançável , se nos conscientizarmos do que somos essencialmente: não resultados da produção humana, mas animação programadora do comportamento humano."

- "Descobrir esta essência do ser-objeto é o propósito de toda objetologia."

- Não interessa explicarmos as coisas, pois sempre colocamos valores nelas, mas tentar entendê-las em contexto.

Gostei muito do texto, achei uma visão, muito interessante sobre a relação homem-objeto/homem-mundo contemporânea. Além disso, o texto é escrito de uma forma muito rica e curiosa que nos prende e torna a leitura prazerosa.

Montagens no Photoshop - Croquis da EA/Automação



Após um "aula-drops" sobre Photoshop, a turma deveria fazer uma montagem no programa com uma foto e um croqui que fizemos do prédio da escola, e levando em conta a discussão que fizemos em grupo sobre automações prediais e interatividade (após o workshop de eletrônica).

Nesta aula também fomos divididos em grupos para fazermos uma apresentação de ferramentas e menus do Photoshop para a turma. O meu grupo era o 6 e ficamos com o Menu Edit, especialmente as suas ferramentas de transformação e como salvar arquivos (diferentes extensões).

A primeira montagem foi feita antes das apresentações de quinta-feira (28/09), portanto é mais restrita ao menu e as ferramentas trabalhadas pelo grupo de cada um. A segunda montagem, depois das apresentações, teve maior possibilidade de criação e exploração das novas ferramentas que nos foram apresentadas pelos outros grupos.



Primeira montagem com ênfase nas ferramentas do Menu Edit e contraste, saturação, etc.


Segunda montagem com ferramentas de menus variados.
No que diz respeito à automação, após a discussão com o grupo na sala, pensei em implantar uma espécie de outdoor rotativo com os graffitis nas paredes do pátio, algo como uma exposição, para aumentar o espaço de criação dos alunos-artistas e deixar o pátio menos poluído visualmente, com as pinturas espalhadas. Para isso, seriam necessários sensores de presença a laser em locais estratégicos para que os outdoors funcionassem apenas quando as pessoas passassem por esses sensores e economizassem energia.

Além disso, fitas de leds de cores frias nos brises da janela trariam uma certa iluminação e principalmente atenção para o local da "exposição" quando anoitecesse, precisando-se para isso, de sensores de luz (LDR).

domingo, 24 de agosto de 2014

Primeiros croquis

Croquis de visões internas e externas do prédio da Escola de Arquitetura da UFMG, na Rua Paraíba, 697, Funcionários




Os professores da disciplina nos deram uma pequena aula de croquis e nos pediram para fazer 4 croquis, sendo 2 internos e 2 externos do prédio da faculdade. Depois devíamos escolher 2 (um interno e um externo) para postar no blog, e tirar 3 cópias do que mais gostamos para levar na aula do dia 25/08.

Além de desenharmos e treinarmos traços, a tarefa foi boa para soltarmos a mão e prestarmos mais atenção em perspectiva e detalhes para os quais não costumamos nos atentar no dia a dia. Foi também um bom teste para os cadernos que desenvolvemos anteriormente e para experimentarmos novos materiais.

Para mim, foi um ótimo exercício, pois pude perceber que estava com dificuldades para desenhar já que fazia um bom tempo que não o fazia. Tive mais dificuldades com a perspectiva, ainda estou acertando o meu traço e o tempo que demoro para fazer os croquis. Mas foi uma ótima experiência  para sentir o que preciso melhorar nos meus desenhos e no meu caderno.

Croqui externo do prédio da EA, visto do jardim


Croqui interno do prédio da EA, saguão de entrada visto do segundo andar
 

Caderno de croquis

Nossa primeira tarefa foi criar um caderno de croquis para ser usado durante o semestre.





O intuito deste caderno é a experimentação de materiais e o incentivo ao desenho durante o curso. Deveríamos usar 3 tipos de papéis diferentes com tamanhos diferentes e criar um mecanismo para a manipulação e uso do caderno.

 Escolhi para os croquis os papéis canson, vergê e sulfite e fiz 3 blocos de papéis diferentes com os papéis misturados. Os tamanhos foram: 15,3 cm X 21 cm; 10,5 cm X 12,5 cm; 10,5 cm X 10,5 cm. Usei ainda papel de scrapbook (o mais grosso que achei nas lojas), papel cartão para torná-lo mais resistente, elástico para amarrar as folhas, estilete para cortar os papéis e fazer os furos e cola branca.
Quis fazer um caderno que pudesse ser "maleável" no sentido de poder trocar e acrescentar folhas, para isso prendi as folhas com elásticos que perpassam os furos.


Exterior do caderno   
Interior do caderno
 O caderno ainda está na "fase de testes", mudarei algumas coisas que não gostei nele e acrescentarei outras. Uma das mudanças será usar uma papel mais resistente para a capa (papel paraná, por exemplo), e melhorar o mecanismo de prender as folhas.
No mais, fiquei satisfeita com o caderno e acredito que vou usá-lo bastante e aprender novas formas de desenhar e criar.